sexta-feira, 24 de junho de 2011

As Compensações - Gustavo V. Ramos


       Ahh! Livros de contos... são os meus preferidos. “As compensações” trás ao seu leitor quatro contos com temas distintos, mas todos interligados por um só ponto: as verdadeiras compensações que a vida nos concede. O primeiro (Da Capo) relata a história do violinista Luiz na qual, após um acidente de carro, perde uma parte de sua mão impossibilitando-o de continuar na carreira de músico. A segunda (Uma partida de xadrez) é o melhor de todos os contos, ele conta a história de dois jogadores de xadrez que nunca se conheceram pessoalmente, iniciam uma partida na qual as coordenadas do jogo eram enviadas por correspondências. O terceiro (Estrela de várias pontas) é um conto policial, e relata a vida dura dos detetives que se sacrificam para obterem provas dos crimes. E que um novo assassinato na cidade tirará o sossego deles. E por último (Bruxelas) conta a história de dois amigos que possuem um laço de amizade muito intenso e que é quebrado após a separação deles, já que um deles viaja para Bruxelas, capital da Bélgica. O contato entre eles é mantido através de e-mails.

       Foram um dos melhores contos que eu já li. São muito bem escritos, cheio de detalhes fazendo com que o seu leitor se torne o próprio personagem, adquirindo suas emoções, sentimentos e tudo o que se tem direito.

       No começo, confesso que eu estava um pouco receoso de não gostar do livro, pois me seria uma decepção já que admiro muito os livros de contos. Mas isso foi logo deixado para trás após a leitura do primeiro conto. Dou nota oito para a capa, não é daquelas mais bonitas, mas trás o tema na qual irá ser tratado nos quatro contos. Para a diagramação... nota 10, está muito boa mesmo. Bom, acho que não tenho mais o que comentar. Recomendo bastante esse livro.
Abraços,
Matheus Alencar

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Selo de Qualidade

Oi Gente, tudo bom com vocês?
Olha só o que aconteceu: recebi das meninas do Leitoras Anônimas e também pela Mar do Letras Sonhadoras o Selo de Qualidade - "Esse blog é Recomendadíssimo" lol Muito bonito o selo seque as regrinhas: 

Selo de Qualidade
Regras:

- Repassar o selo para 15 pessoas e avisá-las (eu vou indicar apenas 10 blogs);
OBS: ESPERO QUE VOCÊS POSTEM O SELO OK? RSRSR :P

- Responder as perguntas:
  • Nome: Matheus Alencar
  • Uma Música: All the Lovers - Kylie
  • 10 coisas sobre mim:
- Sou teimoso
- Sou quase fluente em English
- Quero ser médico
- Odeio escutar música alta
- Não gosto muito de festas
- Adoro sair com meus amigos
- Sou intenso em meus sentimentos
- Sou escorpiano
- Não passo 1 mês sem ao menos comprar um livrinho
- Me apaixono com facilidade
  • Humor: Na maioria do tempo
  • Uma cor: Azul e amarelo
  • Como prefere viajar: Carro, e escutando música
  • Um seriado: Pretty Little Liars
  • Frase ou palavra mais dita por você: "I don't believe" 
  • O que achou do selo: Ótimo

Perfil de Escritor - Fernando Pessoa

“Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu em 13 de junho de 1888 em Lisboa. Em 1893 morre seu pai e em 1894, seu irmão, Jorge. No ano seguinte, sua mãe casa-se com João Miguel Rosa, cônsul português em Durban, na África do Sul. Em 1896, a família parte para Durban onde Fernando Pessoa estuda e aprende o inglês. Em 1905, ele regressa definitivamente a Lisboa, com intenção de se inscrever no Curso Superior de Letras. Lê Shakespeare, Wordsworth e filósofos gregos e alemães. Toma contato com a poesia francesa, especialmente a de Baudelaire e lê os poetas portugueses Cesário Verde e Camilo Pessanha. Em 1907, abandona o curso superior e monta uma tipografia que mal chega a funcionar. No ano seguinte, começa a trabalhar como correspondente estrangeiro em casas comerciais, profissão que exerceu até a morte. Pessoa escolhe uma vida discreta, mas livre, sem obrigações fixas, nem horários. 

Em 1912, Pessoa inicia sua colaboração na revista A Águia. Inicia correspondência com Mário de Sá-Carneiro que, de Paris, manda a Pessoa notícias do Cubismo e do Futurismo. Pessoa escreve, em inglês, o poema Epithalamiun e, em português, o drama O Marinheiro. Vai elaborando o projeto de vários livros e traz um novo movimento: o Paulismo, tudo isso no ano de 1913. No ano seguinte, publica Paúis, sob o título de Impressões do Crepúsculo e aparecem os heterônimos*: Alberto Caeiro e seus discípulos Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Fernando Pessoa compõe Ode Triunfal, encaminhando-se para o Sensacionismo e para o Futurismo, sob o heterônimo de Álvaro de Campos. Compõe ainda Chuva Oblíqua (poesia ortonímica), delineando o Interseccionismo. 

Em 1915, surge a revista Orpheu, marco do Modernismo em Portugal. O primeiro número, dirigido por Luís Montalvor e Ronald de Carvalho, publica os poemas Ode Triunfal e Opiário (Álvaro de Campos) e O Marinheiro (Fernando Pessoa). No segundo número, saem Chuva Oblíqua e Ode Marítima. No mesmo ano, Fernando Pessoa inicia-se no esoterismo, traduzindo um Tratado de Teosofia. Em 1919, escreve Poemas Inconjuntos, assinados por Alberto Caeiro, apesar deste ter morrido em 1915. Em 1920, Pessoa passa a morar com sua mãe, que regressara, viúva, da África do Sul. Ela falece em 1925. Cinco anos depois, Pessoa escreve mais poemas, assinados por seus heterônimos. Em 1934, publica Mensagem, livro de poemas de cunho místico-nacionalista, única obra em português publicada em vida. Em 1935, no dia 30 de novembro, no Hospital São Luís, em Lisboa, morre Fernando Pessoa.
 


*Os heterônimos (diz-se de autor que publica um livro sob o nome verdadeiro de outra pessoa) 

Os principais heterônimos de Fernando Pessoa são: 

1- Alberto Caeiro, nascido em Lisboa em 16 de abril de 1889 - o mais objetivo dos heterônimos. Busca o objetivismo absoluto, eliminando todos os vestígios da subjetividade. É o poeta que se volta para a fruição direta da Natureza; busca "as sensações das coisas tais como são". Opõe-se radicalmente ao intelectualismo, à abstração, à especulação metafísica e ao misticismo. Neste sentido, é o antípoda de Fernando Pessoa "ele-mesmo", é a negação do mistério, do oculto. 

Coerente com a posição materialista, antiintelectualista, adota uma linguagem simples, direta, com a naturalidade de um discurso oral. Os versos simples e diretos, próximos do livre andamento da prosa, privilegiam o nominalismo, a "sensação das coisas tais como são". É o menos "culto" dos heterônimos, o que menos conhece a Gramática e a Literatura. Mas, sob a aparência exterior de uma justaposição arbitrária e negligente de versos livres, há uma organização rítmica cuidada e coerente. Caeiro é o abstrador paradoxalmente inimigo de abstrações; daí a secura e pobreza lexical de seu estilo.
 
2- Ricardo Reis, nascido no Porto em 19 de setembro de 1887 - representa a vertente clássica ou neoclássica da criação de Fernando Pessoa. Sua linguagem é contida, disciplinada. Seus versos são, geralmente, curtos, tendendo à vernaculidade e ao formalismo. Tem consciência da fugacidade do tempo; apóia-se na mitologia greco-romana; apresenta-nos uma musa (Lídia) e, filosoficamente, é adepto do estoicismo e do epicurismo (saúde do corpo e da mente, equilíbrio, harmonia) para que se possa aproveitar a vida, mas sem exageros, sossegadamente, porque a morte está à espreita. Médico que se mudou para o Brasil. 
3- Álvaro de Campos, nascido no Porto em 19 de setembro de 1887 - é o lado "moderno" de Fernando Pessoa, caracterizado por uma vontade de conquista, por um amor à civilização e ao progresso, por uma linguagem de tom irreverente. Essa modernidade tem ligações claras com o cosmopolita Cesário Verde, com Walt Whitman e com o Futurismo. Sentindo e intelectualizando suas sensações (sentir e pensar), Campos percebe a impossibilidade de não pensar, observa criticamente o mundo e a si próprio, angustiando-se diante do tempo inexorável e do absurdo da vida. Apresenta-se como o engenheiro inativo, inadaptado, inconciliado, com consciência crítica.


Se Fernando Pessoa ainda estivesse vivo, hoje (13.06) ele completaria 123 anos de vida.

Linha do Tempo:

13 de junho de 1888 - Nasce em Lisboa, às 3 horas da tarde, Fernando Antônio Nogueira Pessoa.
1896 - Parte para Durban, na África do Sul.
1905 - Regressa a Lisboa
1906 - Matricula-se no Curso Superior de Letras, em Lisboa
1907 - Abandona o curso.
1914 - Surge o mestre Alberto Caeiro. Fernando Pessoa passa a escrever poemas dos três heterônimos.
1915 - Primeiro número da Revista "Orfeu". Pessoa "mata" Alberto Caeiro.
1916 - Seu amigo Mário de Sá-Carneiro suicida-se.
1924 - Surge a Revista "Atena", dirigida por Fernando Pessoa e Ruy Vaz.
1926 - Fernando Pessoa requere patente de invenção de um Anuário Indicador Sintético, por Nomes e Outras Classificações, Consultável em Qualquer Língua. Dirige, com seu cunhado, a Revista de Comércio e Contabilidade.
1927 - Passa a colaborar com a Revista "Presença".
1934 - Aparece "Mensagem", seu único livro publicado.
30 de novembro de 1935 - Morre em Lisboa, aos 47 anos.

domingo, 5 de junho de 2011

Eu Sou o Galo - Elysanna Louzada


     Livros infantis, para mim, são e sempre serão bem vindos. Acredito que são eles que, primeiro trarão, aos pequenos leitores, o mundo mágico que é a literatura. “Eu sou o galo” da Elysanna Louzada com certeza se encaixa nessa classificação de livros. O livro nos envolve com bastante aventura e emoção incorporada no pequeno Niquei que, na véspera da sua festa do “Primeiro Canto” perde o seu canto. Niquei sai à procura no Bosque dos Encantos, mas sua busca não será tão fácil assim: ele terá que enfrentar três assustadores desafios que testarão sua inteligência e coragem. Com a ajuda de Pankekas, seu melhor amigo, Niquei precisará vencer seus piores medos nesta aventura eletrizante. A amizade entre eles dois será muito importante no decorrer da história. Pankekas, para mim, é um dos melhores personagens, ao começar pelo seu nome como também pela sua união com Niquei na qual nunca iriam se separar, virtude rara até nos contos fictícios. A Editora trabalhou MARAVILHOSAMENTE no livro, a diagramação não poderia estar melhor. O Livro possui, em algumas partes, ilustrações bem diferentes, sem falar na capa que está belíssima. Agradeço a Elysanna pela simpatia e confiança em nosso blog.

Abraços,
Matheus Alencar